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Key findings
  • Cerca de dois terços (65%) dos Angolanos vivem em zonas servidas pela rede eléctrica nacional, mais 4 pontos percentuais desde 2019 (61%). o Mas apenas 14% dos residentes rurais residem em zonas cobertas pela rede eléctrica, em comparação com 92% dos residentes urbanos. Os cidadãos mais educados e economicamente mais favorecidos também têm muito mais probabilidade de viver em zonas ligadas à rede eléctrica do que aqueles com menos escolaridade e condição económica mais desfavorecida.
  • Cerca de seis em cada 10 Angolanos (59%) vivem em agregados familiares com ligação à rede eléctrica nacional.
  • Entre os que estão ligados à rede, 78% dizem que a sua electricidade funciona “a maior parte do tempo” ou “o tempo todo.”
  • A combinação das taxas de ligação à rede eléctrica e a sua confiabilidade mostra que menos de metade (47%) de todos os Angolanos usufruem de um fornecimento confiável de electricidade, incluindo apenas 6% dos residentes rurais e 28% dos cidadãos em situação de pobreza extrema.
  • A electricidade ocupa o sexto lugar entre os problemas mais importantes que os Angolanos querem que o seu governo resolva.
  • Dois terços (66%) dos cidadãos dizem que o governo está a prestar um mau serviço no fornecimento de energia eléctrica confiável. Essa avaliação é particularmente difundida entre os residentes rurais (83%), os sem instrução (79%) e os pobres (74%).

No seu Plano de Acção para o Sector Eléctrico, o governo angolano apresenta uma  estratégia para atingir uma taxa de electrificação de 60% até 2025, de uma taxa de 47%  em 2020 (República de Angola, 2016; Silva, 2021; Banco Mundial, 2020). A concretização  dessa estratégia exigirá grandes avanços nas áreas rurais, onde a electrificação é estimada  em menos de 10% (International Trade Administration, 2022; Pugliese, 2022). 

A promoção da electrificação rural é indispensável para o desenvolvimento  socioeconómico de um país e é destacada no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n.º 7: “garantir o acesso à energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos” até  2030 (Nações Unidas, 2022). Ao facilitar a produção agrícola eficiente, aumentar o  emprego e a renda, melhorar os resultados educacionais e de saúde e cozinhar de forma  mais limpa, o acesso a energia confiável demonstrou melhorar significativamente o bem estar das comunidades rurais (Garrigou, 2017; Grivas, 2021). 

A pesquisa recente do Afrobarometer oferece um retrato sobre o acesso à electricidade  em Angola. Os resultados mostram que, enquanto cerca de dois terços dos Angolanos  vivem em zonas servidas pela rede eléctrica, menos da metade desfrutam de um  fornecimento confiável de electricidade, incluindo apenas um em cada 20 residentes rurais. 

A electricidade ocupa o sexto lugar na lista de problemas que os Angolanos querem que o  seu governo resolva, mas a maioria dos cidadãos diz que o governo está a ter um fraco  desempenho nesta prioridade. 

Asafika Mpako

Asafika is the communications coordinator for Southern Africa

Carlos Pacatolo

Carlos Pacatolo is the national investigator for Angola.