- Quase sete em cada 10 cidadãos (69%) dizem que o governo moçambicano tem sido "muito eficaz" (26%) ou "algo eficaz" (43%) nos seus esforços para resolver o problema dos extremistas armados no país.
- Mais de metade dos Moçambicanos expressam "um pouco" (20%) ou "muita" (33%) confiança na capacidade do seu governo para ajudar a pôr fim ao conflito em Cabo Delgado. Muitos expressam confiança na SADC (62%) e no Ruanda (61%) para ajudar a resolver o conflito.
- Os cidadãos oferecem uma variedade de sugestões sobre a melhor estratégia para abordar o atual conflito em Cabo Delgado, incluindo a procura de apoio militar externo (27%), negociação com os grupos armados (22%), trabalho com os líderes locais (19%), melhoria da economia e criação de mais empregos (15%) e prestação de melhores serviços governamentais (7%).
- Do mesmo modo, as opiniões sobre o que leva as pessoas a aderirem a grupos extremistas são variadas, incluindo a pobreza (25%), o desemprego (13%) e o facto de serem forçadas pelos extremistas (11%).
- Cerca de três em cada 10 moçambicanos pensam que grupos islâmicos (37%), pessoas locais (32%) e governos estrangeiros (32%) estão envolvidos no apoio e assistência aos grupos extremistas que lançaram ataques e raptos em Moçambique, enquanto cerca de um quarto acredita que partidos políticos (27%) e empresas privadas (23%) estão envolvidos.
A maioria dos Moçambicanos acreditam que o governo tem sido pelo menos um pouco eficaz nos seus esforços para resolver o problema do extremismo armado no país, segundo o último inquérito do Afrobarometer.
No entanto, embora uma pequena maioria manifeste confiança na capacidade do governo para resolver o conflito, mais pessoas pensam que o Ruanda e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) poderiam fazer a diferença.
As opiniões dos cidadãos variam muito sobre quem apoia os grupos extremistas, porque é que as pessoas aderem a esses grupos e qual seria a melhor estratégia para resolver o conflito.
Desde o início do conflito armado na província de Cabo Delgado, em 2017, o governo respondeu com o exército nacional, bem como com esforços diplomáticos para garantir o apoio internacional, incluindo intervenções da SADC e dos militares ruandeses.