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News release

Os Moçambicanos apoiam o papel de “vigilante” dos medias, mas aprovam as restrições governamentais à informação

18 Dec 2023 Mozambique
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Comunicado de imprensa
Key findings
  • Mais de metade (52%) dos Moçambicanos dizem que os meios de comunicação social devem investigar e informar constantemente sobre os erros e a corrupção do governo, enquanto 43% acreditam que demasiada informação prejudica o país (Figura 1)
  • No entanto, menos de metade (44%) insistem na liberdade dos meios de comunicação social sem controlo governamental, enquanto 51% apoiam o direito do governo de impedir a publicação de coisas que desaprova (Figura 2)
  • Mais de metade (53%) dos cidadãos afirmam que os meios de comunicação social do país são "um pouco livres" (33%) ou "completamente livres" (20%) para relatar e comentar as notícias sem interferência do governo, mas 41% discordam desta avaliação (Figura 3)
  • A maioria consideram que os concursos e contratos públicos com empresas (67%), os salários dos professores e dos funcionários da administração local (52%) e os orçamentos da administração local (51%) devem ser partilhados com o público (Figura 4)
  • A rádio e a televisão continuam a ser as fontes de notícias mais populares entre os Moçambicanos, com 53% e 44%, respetivamente, a afirmarem que recebem notícias através destes canais "todos os dias" ou "algumas vezes por semana" (Figura 5). Um em cada quatro cidadãos recorrem à Internet (25%) e às redes sociais (26%) como fontes regulares de notícias, enquanto 14% confiam nos jornais.
  • Os residentes das áreas urbanas são muito mais propensos do que os seus homólogos rurais a obter notícias através das redes sociais (30% contra 6%) e da Internet (31% contra 6%) (Figura 6)

A maioria dos Moçambicanos consideram que os meios de comunicação social devem atuar como um cão de guarda do governo, investigando e reportando constantemente os erros do governo e a corrupção, segundo um novo inquérito do Afrobarometer.

No entanto, mais de metade dos cidadãos também aprovam o direito do governo de limitar a divulgação de informações que o governo desaprova. Uma pequena maioria afirmam que a liberdade de imprensa existe na prática.

As maiorias rejeitam a noção de que a informação pública deve ser da exclusiva competência dos funcionários públicos, incluindo os concursos e contratos públicos, os salários dos professores e dos funcionários da administração local e as despesas das autarquias locais.

A televisão e a rádio continuam a superar a Internet e as redes sociais como fontes de notícias populares em Moçambique, especialmente nas zonas rurais.