Skip to content
News release

A sensibilização para as alterações climáticas continua a ser baixa em Moçambique, revela um estudo do Afrobarometer

19 Dec 2023 Mozambique
Download (Portuguese)
Comunicado de imprensa
Key findings
  • Menos de quatro em cada 10 Moçambicanos (37%) dizem ter ouvido falar das alterações climáticas (Figura 1). A sensibilização para as alterações climáticas é particularmente baixa entre as mulheres (32%), os residentes em zonas rurais (31%) e os cidadãos que vivem no Norte do país (25%). Noutros países da região, o conhecimento varia entre cerca de três em cada 10 cidadãos no Botswana (29%) e na Tanzânia (32%) e três quartos (74%) no Malawi
  • Entre os cidadãos que estão conscientizados sobre as alterações climáticas: Quase metade (47%) dizem que está a piorar a vida em Moçambique, enquanto 40% dizem que está a melhorar a vida no país (Figura 2). Mais de seis em cada 10 acreditam que os cidadãos comuns podem ajudar a travar as alterações climáticas (63%) e afirmam que o governo deve tomar medidas imediatas para limitar as alterações climáticas, mesmo que sejam dispendiosas, provoquem a perda de postos de trabalho ou afectem a economia (68%) (Figura 3). A maioria atribuem a responsabilidade principal pelo combate às alterações climáticas ao governo (36%) ou aos cidadãos comuns (30%) (Figura 4). Grandes maiorias afirmam que são necessárias mais ações para limitar as alterações climáticas por parte das empresas e da indústria (87%), do governo (85%), dos países desenvolvidos (80%) e dos cidadãos comuns (72%) (Figura 5).

Apesar das múltiplas catástrofes climáticas que evidenciam os seus perigos, a maioria dos Moçambicanos continuam a não estar familiarizada com as alterações climáticas e os seus efeitos, segundo o último inquérito do Afrobarometer.

Menos de quatro em cada 10 cidadãos afirmam ter ouvido falar das alterações climáticas, e entre os que têm conhecimento das alterações climáticas, menos de metade afirmam que estas estão a piorar a vida no país.

A maioria dos inquiridos sensibilizados para as alterações climáticas afirmam que os cidadãos comuns podem ajudar a travar as alterações climáticas e querem que o governo tome medidas imediatas, mesmo que sejam dispendiosas.

Aos olhos dos Moçambicanos, o governo e os cidadãos comuns partilham a responsabilidade primária no combate às alterações climáticas e na redução do seu impacto. Grandes maiorias dizem que são necessários maiores esforços por parte das empresas e da indústria, do governo, dos países desenvolvidos e dos cidadãos.

As alterações climáticas são uma questão premente com impactos significativos em Moçambique. O aumento das temperaturas e a alteração dos padrões de precipitação conduziram a um aumento das secas e das inundações, ameaçando a agricultura e a segurança alimentar. O país é também vulnerável a ciclones e à subida do nível do mar, agravando os riscos enfrentados pelas comunidades costeiras.