- Mais do que um em cada cinco entrevistados (22%) disse que votaria na UNITA se as eleições gerais fossem realizadas no dia seguinte, acima dos 13% da pesquisa de 2019. Cerca de três em cada 10 (29%) disseram que votariam no MPLA, abaixo dos 38% em 2019 (Figura 1).
- A intenção de voto na UNITA cresceu nas cidades (de 14% em 2019 para 23%) e nas zonas rurais (de 11% para 19%), em Luanda (de 16% para 23%) e na Huíla (de 14% para 21%) (Figura 2).
- O apoio à UNITA foi acima da média entre os inquiridos mais jovens (25% entre os 18- 25 anos vs. 11% entre aqueles com mais de 45 anos), entre os cidadãos mais instruídos (26%-27% entre aqueles com pelo menos o ensino secundário vs. 16% entre os menos escolarizados) e entre os homens (25% vs. 19% entre as mulheres) (Figura 3). Em Luanda, a capital, os apoiantes da UNITA ultrapassaram os adeptos do MPLA, 23% vs. 16%.
- As recusas em responder à pergunta foram mais comuns nas cidades do que nas zonas rurais (34% vs. 24%), entre as mulheres do que entre os homens (33% vs. 28%), e entre os residentes de Luanda do que da Huíla (37% vs. 21%) (Figura 4).
A proporção de Angolanos que dizem que votariam na UNITA, numa provável eleição geral, aumentou desde 2019, enquanto a percentagem de eleitores declarados do partido governante MPLA diminuiu, de acordo com o inquérito do Afrobarometer realizado em fevereiro e março de 2022.
Mas enquanto a vantagem do MPLA sobre a UNITA entre os inquiridos que declararam preferência de voto diminuiu para 7 pontos percentuais (29% vs. 22%), quase metade dos inquiridos não indicou uma preferência, situação que torna impossível a previsibilidade dos resultados das eleições gerais de agosto, a partir destes dados.
De fato, a proporção de entrevistados que se recusaram a declarar a preferência de voto aumentou em comparação com a pesquisa de 2019, enquanto a proporção daqueles que disseram que não votariam caiu pela metade.
Em Agosto, os Angolanos vão votar nas suas quartas eleições gerais em tempo de paz. O MPLA venceu as três eleições anteriores, mas o seu domínio parlamentar tem vindo a diminuir de 191 para 150 dos 220 lugares, enquanto a presença da UNITA no Parlamento cresceu de 16 para 51 dos 220 lugares desde 2008.
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