- Nove em cada 10 Cabo-Verdianos (92%) são de opinião que as mulheres devem ter chances iguais aos homens de serem eleitas. Constata-se um ligeiro aumento entre aqueles que comungam desta opinião face ao resultados do ano de 2022, em cerca de 3 pontos percentuais, passando de 89% para 92% em 2024 (Figura 1).
- As mulheres em maior proporção dos que os homens (94% contra 90%) na defesa da igualdade de chances entre homens e mulheres de serem eleitos (Figura 2). A proporção dos que partilham desta opinião tende a crescer à medida que aumenta o nível de escolaridade dos inquiridos, passando de 90% entre os indivíduos sem nenhuma escolaridade, para 95% entre os detentores do nível pós-secundário. Os indivíduos de todas as faixas etárias a defender chances iguais de homens e mulheres a serem eleitos.
- Mais de oito em cada 10 Cabo-Verdianos (82%) discordam da ideia de que os homens devem ter prioridade quando o emprego está escasso, demonstrando um forte apoio à igualdade de gênero no mercado de trabalho. As mulheres (84%) e os cidadãos com maior escolaridade (93%) são mais propensos a rejeitar essa forma de discriminação do que os homens (78%) e aqueles com menor escolaridade (79%- 83%) (Figura 3).
- A maioria (83%) dos Cabo-Verdianos considera que nas suas comunidades as raparigas nunca são impedidas de frequentar a escola porque as suas famílias dão prioridade à educação dos rapazes (Figura 4).
È quase uma unanimidade entre os Cabo-Verdianos que as mulheres devem ter chances iguais aos homens de serem eleitas, revela uma pesquisa recente do Afrobarometer.
Os resultados mostram também que a maioria, os Cabo-Verdianos continua firme na defesa da igualdade de gênero no emprego.
Comemorou-se no passado dia 8 de Março o Dia Internacional da Mulher e, nos dias 25 e 27, comemora-se o Dia da Mulher africana e cabo-verdiana, respetivamente. Cabo Verde tem marcado posição como um país de referência na implementação de políticas públicas de igualdade de gênero em África. A luta pela igualdade e equidade de gênero em Cabo Verde tem conseguido ganhos consideráveis, e a lei da paridade de gênero aprovada em 2019 representa mais uma das conquistas dos Cabo-Verdianos rumo a uma sociedade mais justa e igualitária entre homens e mulheres.
Apesar de vários progressos alcançados em termos de direitos políticos, ainda persistem barreiras a serem ultrapassadas no domínio económico e social. Os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que a taxa de desemprego foi de 11,4% entre as mulheres e de 9,4% entre os homens. Da mesma forma, a taxa de subemprego afeta mais as mulheres (13,9%) do que os homens (10,1%).