- Cerca de oito em cada 10 Angolanos sofreram escassez de alimentos e dificuldades na satisfação das necessidades básicas pelo menos uma vez durante o ano passado, incluindo cerca de quatro em cada 10 que “muitas vezes” ou “sempre” ficaram sem assistência médica (41%), água potável suficiente ( 40%) e rendimento financeiro (44%) (Figura 1).
- Com base na média das privações relatadas, 44% dos Angolanos experimentaram situação de “pobreza extrema” no ano passado, um aumento de 9 pontos percentuais em relação a 2019 (35%). A parcela com “fraca” ou “sem pobreza” diminuiu de 31% para 21% no mesmo período (Figura 2).
- A pobreza extrema foi quase duas vezes mais comum nas áreas rurais (63%) do que nas cidades (34%) (Figura 3). As mulheres (47%) são mais propensas do que os homens (40%) a relatar carências que equivalem a situação de pobreza extrema.
- Especificamente, os residentes rurais eram muito mais propensos do que os urbanos a experimentar “frequentemente” escassez de alimentos (45% vs. 23%, Figura 4) e ficar sem rendimento financeiro “muitas vezes” ou “sempre” (60% vs. 36%, Figura 5).
A maioria dos Angolanos experimentou dificuldades na satisfação das suas necessidades básicas no ano passado, pois, o nível de pobreza degradou-se comparativamente a 2019, revela a nova pesquisa do Afrobarometer.
Quase metade dos cidadãos experimentou situação de pobreza extrema, tendo ficado frequentemente sem comida suficiente, água potável, assistência médica, combustível para cozinhar e um rendimento financeiro.
Faltando menos de quatro meses para o fim do primeiro mandato do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, os resultados do inquérito não contrariam as alegações de que Angola está a enfrentar uma das suas piores crises sociais e económicas do pós-guerra.
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