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News release

Os Angolanos dizem que a corrupção aumentou e que os cidadãos correm o risco de retaliação se a denunciarem, segundo dados recentes do Afrobarometer

18 Oct 2024 Angola
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Comunicado
Key findings
  • A maioria (54%) dos Angolanos afirma que a corrupção no país aumentou “um pouco” ou “muito” durante o ano anterior ao inquérito, um aumento notável de 21 pontos percentuais em comparação com 2019 (Figura 1).
  • Mais de seis em cada 10 Angolanos (63%) acreditam que as pessoas comuns correm o risco de retaliação ou outras consequências negativas se denunciarem a corrupção, um aumento de 9 pontos percentuais em comparação com 2019 (Figura 2).
  • Mais de metade (57%) dos cidadãos apoiam o papel de fiscalizador dos meios de comunicação social em relação ao governo, por isso, concordam que estes “devem investigar e noticiar constantemente os erros e a corrupção do governo.” Apenas um quarto (25%) acredita, pelo contrário, que demasiadas notícias negativas só prejudicam o país (Figura 3).
  • Quase sete em cada 10 Angolanos (68%) dizem que o governo está a ter um desempenho “razoavelmente mau” ou “muito mau” no combate à corrupção no governo, um aumento de 14 pontos percentuais em comparação com 2019 (Figura 4). o Esta perceção é mais acentuada entre os residentes urbanos (74%), os homens (70%) e os residentes da província de Luanda (76%).
  • Entre os cidadãos que procuraram os serviços públicos selecionados durante o ano anterior, mais de metade (56%) afirmam que tiveram de pagar um suborno para obter assistência policial, enquanto cerca de metade (48%) dizem que tiveram de pagar um suborno para obter um documento do governo (Figura 5).

A maioria dos Angolanos afirma que a corrupção no país está a piorar, o que  representa uma clara mudança na perceção pública do problema, segundo revelam  os dados recentes do Afrobarometer.  

A maioria dos cidadãos diz que as pessoas comuns correm o risco de retaliação se  denunciarem os casos de corrupção. A maioria quer que os meios de comunicação  social actuem como um fiscalizador do governo, investigando e informando  constantemente sobre os erros do governo e a corrupção. 

Muitos inquiridos dizem que tiveram de pagar subornos para obter serviços públicos e a  maioria dos Angolanos está insatisfeita com os esforços do governo no combate à  corrupção no país.