Mesmo antes da crise do coronavírus, mais da metade dos cabo-verdianos que já tinham tido contato com instalações médicas públicas enfrentaram dificuldades em obter os cuidados médicos de que precisavam, conforme demonstra uma nova pesquisa do Afrobarometer.
Os cidadãos pobres e urbanos foram particularmente propensos em relatar dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Além disso, um em cada três entrevistados assegura ter ficado sem a assistência médica necessária, pelo menos por uma vez durante o ano anterior.
Os entrevistados em dezembro passado, classificaram o sector da saúde como o terceiro problema mais importante que o Governo deveria resolver, atrás apenas do desemprego e da criminalidade/segurança. No entanto, muito poucos achavam nessa altura que o Governo estava fazendo um bom trabalho na melhoria dos serviços básicos de saúde.
Embora Cabo Verde tenha recebido elogios internacionais pela boa governança e desenvolvimento de infraestruturas para melhorar as condições de vida, este inquérito revela lacunas importantes no sistema de saúde do país.
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